segunda-feira, 27 de maio de 2013

Matéria publicada no Portal G1 (Globo.com), 22 de maio de 2013.

Maioria dos métodos de estudar para provas não funciona, diz estudo 

Os métodos favoritos de se preparar para provas escolares não são os que garantem os melhores resultados para os estudantes, segundo uma pesquisa feita por um grupo de psicólogos americanos.

Universidades e escolas sugerem aos estudantes uma grande variedade de formas de ajudá-los a lembrar o conteúdo dos cursos e garantir boas notas nos exames.

Entre elas estão tabelas de revisão, canetas marcadoras, releitura de anotações ou resumos, além do uso de truques mnemônicos ou testar a si mesmo.

Mas segundo o professor John Dunlosky, da Kent State University, em Ohio, nos Estados Unidos, os professores não sabem o suficiente sobre como a memória funciona e quais as técnicas são mais efetivas.

Dunlosky e seus colegas avaliaram centenas de pesquisas científicas que estudaram dez das estratégias de revisão mais populares, e verificaram que oito delas não funcionam ou mesmo, em alguns casos, atrapalham o aprendizado.

Por exemplo, muitos estudantes adoram marcar suas anotações com canetas marcadoras.

Mas a pesquisa coordenada por Dunlosky - publicada pela Associação de Ciências Psicológicas - descobriu que marcar frases individuais em amarelo, verde ou rosa fosforescente pode prejudicar a revisão.

`Quando os estudantes estão usando um marcador, eles comumente se concentram em um conceito por vez e estão menos propensos a integrar a informação que eles estão lendo em um contexto mais amplo`, diz ele.

`Isso pode comprometer a compreensão sobre o material`, afirma.

Mas ele não sugere o abandono dos marcadores, por reconhecer que elas são um `cobertor de segurança` para muitos estudantes.

Resumos e mnemônicos

Os professores regularmente sugerem ler as anotações e os ensaios das aulas e fazer resumos.

Mas Dunlosky diz: `Para nossa surpresa, parece que escrever resumos não ajuda em nada`.

`Os estudantes que voltam e releem o texto aprendem tanto quanto os estudantes que escrevem um resumo enquanto leem`, diz.

Outros guias para estudo sugerem o uso de truques mnemônicos, técnicas para auxiliar a memorização de palavras, fórmulas ou conceitos.

Dunlosky afirma que eles podem funcionar bem para lembrar de pontos específicos, como `Minha terra tem palmeiras, onde canta o sabiá, Seno A Cosseno B, Seno B Cosseno A`, para lembrar a fórmula matemática do seno da soma de dois ângulos: sen (a + b) = sena.cosb + senb.cosa.

Mas ele adverte que eles não devem ser aplicados para outros tipos de materiais: `Eles não vão te ajudar a aprender grandes conceitos de matemática ou física`.

Repetição

Então, o que funciona?

Somente duas das dez técnicas avaliadas se mostraram efetivas - testar-se a si mesmo e espalhar a revisão em um período de tempo mais longo.

`Estudantes que testam a si mesmos ou tentam recuperar o material de sua memória vão aprender melhor aquele material no longo prazo`, diz Dunlosky.

`Comece lendo o livro-texto e então faça cartões de estudo com os principais conceitos e teste a si mesmo. Um século de pesquisas mostra que a repetição de testes funciona`, afirma.

Isso aconteceria porque o estudante fica mais envolvido com o tema e menos propenso a devaneios da mente.

`Testar a si mesmo quando você tem a resposta certa parece produzir um rastro de memória mais elaborado conectado com seus conhecimentos anteriores, então você vai construir (o conhecimento) sobre o que já sabe`, diz o pesquisador.

`Prática distribuída`

Porém a melhor estratégia é uma técnica chamada `prática distribuída`, de planejar antecipadamente e estudar em espaços de tempo espalhados - evitando, assim, de deixar para estudar de uma vez só na véspera do teste.

Dunlosky diz que essa é a estratégia `mais poderosa`. `Em qualquer outro contexto, os estudantes já usam essa técnica. Se você vai fazer um recital de dança, não vai começar a praticar uma hora antes, mas ainda assim os estudantes fazem isso para estudar para exames`, observa.

`Os estudantes que concentram o estudo podem passar nos exames, mas não retêm o material`, diz.

`Uma boa dose de estudo concentrado após bastante prática distribuída é o melhor caminho`, avalia.

Então, técnicas diferentes funcionam para indivíduos diferentes? Dunlosky afirma que não - as melhores técnicas funcionam para todos.

E os especialistas acreditam que esse estudo possa ajudar os professores a ajudar seus alunos a estudar.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Confira abaixo as principais maneiras de se proteger do vírus:



  1. Lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou álcool gel, principalmente antes de fazer qualquer atividade e ao chegar em novos ambientes.
  2. Usar lenços descartáveis para higiene nasal e, ao tossir ou espirrar, cobrir nariz e boca com o braço (não com a mão, nem com o antebraço), se não tiver um lenço.
  3. Evitar levar os dedos aos olhos, nariz e boca, mas se for necessário, lave as mãos antes.
  4. Manter uma alimentação saudável, ingerindo frutas e água.
  5. Evitar ao máximo aglomerações. Se não puder evitar, utilizar a máscara descartável de proteção. Não reutilizar a máscara.
  6. Não compartilhar objetos de uso pessoal, como toalhas de banho, de rosto, talheres e copos. O vírus sobrevive até dez horas sobre uma superfície lisa.
  7. Vacinar-se e continuar atento, pois a proteção proporcionada pela vacina começa a funcionar duas semanas depois da vacinação.

terça-feira, 21 de maio de 2013

DICAS SOBRE O ENEM 2013



Matéria publicada na Folha de São Paulo, 08 de maio de 2012.
Filhos nativos, pais estrangeiros
ROSELY SAYÃO
Precisamos orientar os mais novos em seu mundo virtual, mesmo com o nosso sotaque de forasteiro
Crianças e jovens nasceram em um mundo diferente dos que já têm mais de 30 anos. Eles vivem em um contexto que não apresenta muitas semelhanças com aquele contexto que seus pais conheceram antes da idade adulta.
Quem tem filhos, hoje, não tem intimidade com o mundo de seus rebentos porque não experimentou nada parecido.
Os mais novos manejam com a maior facilidade todo tipo de traquitana tecnológica. É realmente incrível como eles são exímios no teclado quando jogam, por exemplo.
Às vezes, é difícil acompanhar os movimentos de seus dedos, de tão impressionante que é a velocidade impressa nesses gestos. Aliás, são poucos os adultos que podem, no mesmo tempo em que os mais novos conseguem, vencer os desafios apresentados por esses jogos.
Isso significa que crianças e adolescentes é que são os nativos deste mundo. Nós somos os estrangeiros, no máximo naturalizados.
Essa terminologia criada para apontar as diferenças no mundo atual entre a nova geração e as outras é perfeita, não é verdade?
Há adultos que conseguem lidar com todos esses aparelhos novos e seus recursos com muita destreza também. Mas, uma hora ou outra, aparece um sotaque que denuncia sua origem.
Tal fato deixa muitos adultos constrangidos. Isso porque precisam educar os mais novos e, muitas vezes, as situações que os filhos experimentam têm características que são grandes novidades para os pais.
Vamos analisar o uso da internet como exemplo.
É grande o número de pais que considera normal a criança ou o adolescente participar de redes sociais de todos os tipos sem qualquer acompanhamento ou tutela.
Já ouvi mães dizerem que não é possível fazer esse acompanhamento e nem sequer orientar porque os filhos têm mais experiência e conhecimento do assunto do que elas -e também porque faz parte da vida deles estarem conectados o tempo todo.
É esse o tipo de pensamento que deixa crianças e jovens à deriva no mundo virtual. E os acontecimentos que envolvem os mais novos na internet têm nos mostrado que não podemos deixá-los por sua conta e risco na rede. Eles precisam de nós para aprender a viver no mundo da internet.
Crianças e jovens são ainda escravos de seus impulsos e podem escrever o que pensam sem nenhuma regulação. Podem se arrepender depois. O problema é que tudo, absolutamente tudo que é colocado na internet é permanente.
Experimente, caro leitor, dar ao seu filho uma folha de papel e uma caneta de tinta permanente. Depois que ele desenhar ou escrever algo, peça que ele apague. Impossível. Para fazer outro desenho ou texto será preciso uma folha sobreposta. Mas a que fica embaixo permanece lá.
Assim é tudo na rede: postou, ficou. Mesmo que algo seja apagado, alguém pode ter copiado e é por isso que permanece indefinidamente.
É principalmente por isso, mas também pela falta de domínio sobre o que pode ser compartilhado publicamente e o que deve permanecer na intimidade, que os mais novos precisam de nós.
Uma palavra dita pode ser esquecida. Uma foto pode ser rasgada, queimada. As palavras escritas na rede sempre podem voltar. As imagens registradas na internet, lá ou alhures, permanecerão.
Essa é uma característica do mundo virtual que é um perigo para os mais novos porque eles nem percebem os riscos que correm postando um comentário ou uma foto.
Por isso -insisto- eles precisam de nós no mundo onde vivem, mesmo com nosso sotaque de estrangeiros naturalizados.
ROSELY SAYÃO é psicóloga e autora de "Como Educar Meu Filho?" (Publifolha)

Plano Nacional de Educação


Plano Nacional de Educação volta à pauta da CAE na próxima terça-feira



A votação do novo Plano Nacional de Educação (PNE), prevista para esta terça-feira (21), acabou adiada mais uma vez. Logo no início da reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o relator da proposta (PLC 103/2012), senador José Pimentel (PT-CE), solicitou a retirada da matéria da pauta. O presidente da CAE, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), deferiu o pedido e comunicou que o projeto deverá retornar à pauta na próxima terça-feira (28).
Segundo Pimentel, vários senadores lhe disseram ter necessidade de mais tempo para estudar as medidas propostas. O projeto já havia sido retirado na semana passada para vista coletiva.
Previsto no Projeto de Lei da Câmara (PLC) 103/2012, o PNE destina ao menos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para políticas educacionais e estabelece uma série de obrigações para serem cumpridas no setor nos próximos dez anos.
Entre as 20 metas originalmente estabelecidas, estão: alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os oito anos de idade; erradicar o analfabetismo absoluto; reduzir o analfabetismo funcional; oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de ensino básico; e aumentar o número de professores da educação básica com nível de pós-graduação lato e stricto sensu.
Na CAE, o relator da matéria é o senador José Pimentel (PT-CE), que tentou resolver o problema da falta de adequação financeira e orçamentária da meta de aplicar 10% do PIB na educação. A solução encontrada pelo relator foi incorporar ao PNE parte das disposições do Projeto de Lei 5.500/2013, da presidente da República, Dilma Rousseff, em tramitação na Câmara, que destina 100% dos royalties do petróleo para a educação e mais 50% do Fundo Social do petróleo extraído da camada pré-sal. José Pimentel quer vincular à educação todos os royalties do petróleo dos novos contratos de exploração celebrados a partir de 3 de dezembro do ano passado.
Proposto pelo Executivo e alterado na Câmara, o PNE, no texto atual, destina 10% do Produto Interno Bruto (PIB) a políticas educacionais e estabelece uma série de obrigações para serem cumpridas no setor nos próximos dez anos.
Entre as 20 metas originalmente estabelecidas, estão: alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os oito anos de idade; erradicar o analfabetismo absoluto; reduzir o analfabetismo funcional; oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de ensino básico; e aumentar o número de professores da educação básica com nível de pós-graduação lato estricto sensu.
José Pimentel incorporou ao PNE parte das disposições do Projeto de Lei 5.500/2013, da presidente da República, Dilma Rousseff, em tramitação na Câmara, que destina 100% dos royalties do petróleo para a educação e mais 50% do Fundo Social do petróleo extraído da camada pré-sal. A ideia é vincular à educação todos os royalties do petróleo dos novos contratos de exploração celebrados a partir de 3 de dezembro do ano passado.
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

quarta-feira, 1 de maio de 2013

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