segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Matéria publicada na Folha de São Paulo de, 18 de janeiro de 2011.

CÓDIGOS DE CONVIVÊNCIA



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A interação com o mundo é governada por códigos implícitos e explícitos, ensinados em casa e na escola


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AS FÉRIAS escolares vão chegando ao fim. Fevereiro vem com as inevitáveis e repetitivas questões dos alunos: com que professora vou cair? Em que classe vou parar? Vou ficar com os colegas de que gosto?

O importante de todas essas dúvidas é que elas acenam para o fato de a criança conhecer a escola que a espera. (A não ser que ela esteja mudando de escola.) A volta à escola não é apenas um retorno a uma certa rotina. É também ganhar de volta a vida entre os pares: alunos, mestres e diretores.

Escola é um espaço restrito dentro de um grande espaço público que é a sociedade.

Não é só a família e sua estrutura hierárquica que comandam fazeres e poderes.

Junto com a escola, aparece o poder do Estado, que parece mandar em todos e a quem todos obedecem. Eis aí um primeiro contato com a força virtual que tem representantes ao nosso lado, mas não tem forma.

É na escola que se formalizam as ligações com a nação, com a língua, onde se aprende a distinguir entre todas as coisas que libertam, garantem e limitam.

Por exemplo: a criança pode dizer "você", "senhora" , "tia" -mas quando deve usar tal e tal chamamento? São milhares de pequenos detalhes, códigos implícitos ou explícitos que governam a interação com o mundo.

O uso da percepção é vital para acertar o bem viver no mundo. O código da escola é diferente do código de casa/ família que é diferente dos códigos que governam outros locais públicos.


Fevereiro é o tempo de voltar das férias, dos resorts, dos acampamentos, de todos os espaços públicos aos quais o aluno não tem acesso no tempo de aula.

A casa onde se vive com a família é diferente de lugares públicos. Nela não se troca usando dinheiro como intermediário. Mesmo na cantina da escola, ou no pipoqueiro, o dinheiro ou o fiado é sempre presente.

Na escola, a existência é autônoma, mas com origem familiar. Na escola, o aluno é nome, sobrenome, endereço.

É um " eu" público -marca registrada que vai permitir uma cidadania, fazer parte de um todo, sem que, por isso, ele se sinta aniquilado.

É possível aguentar o silêncio e escolher a opinião pública à qual se quer aderir. Sobressair-se do impessoal, processo cujo primeiro passo é dado na escola, muitas vezes é insensato, porém necessário. É cauteloso perceber sempre (voltamos à importância da percepção) os códigos de conduta de cada grupo, universo social, especialmente aqueles que não são explicitados.

Cabe à escola e à família, nos primeiros anos de vida, ensinar mais do que códigos: ensinar a perceber códigos.

Para a criança que ainda não formou o seu "eu", é difícil perceber qual o comportamento adequado num lugar público que não conhece.

Para a criança, o anonimato é doloroso. Por isso é tão importante para ela escutar sua própria voz. Daí a algazarra comum das crianças nos lugares públicos.



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ANNA VERONICA MAUTNER, psicanalista da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, é autora de "Cotidiano nas Entrelinhas" (ed. Ágora)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Atribuição de classes e aulas do ano letivo de 2011

D.O. de 13/01/2011 – Seção I – pág. 30



DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS

Portaria DRHU – 6, de 12-1-2011

Estabelece cronograma e diretrizes para o processo de atribuição de classes e aulas do ano letivo de 2011 e dá providências correlatas.

O Diretor do Departamento de Recursos Humanos, tendo em vista a necessidade de estabelecer diretrizes, datas e prazos para o desenvolvimento do processo de atribuição de classes e aulas para o ano letivo de 2011, expede a presente Portaria:



Artigo 1º - A divulgação da classificação dos inscritos para o processo de atribuição de classes/aulas de 2011 (Internet) ocorrerá conforme segue:


I - Titulares de Cargo:


a) 18/01/2011 - divulgação da classificação;


b) 19 e 20/01/2011 - prazo para interposição de recursos;


c) 19 a 21 e 24/01/2011 - digitação das decisões sobre os recursos;


d) Até 26/01/2011 - divulgação da classificação final.


II - Ocupantes de função-atividade/candidatos a contratação:


a) 24/01/2011 - divulgação da classificação;


b) 26 e 27/01/2011 - prazo para interposição de recursos;


c) 27 a 28/01/201 - digitação das decisões sobre os recursos;


d) Até 1º/02/2011 - divulgação da classificação final após as 12 horas.






Artigo. 2º - Fica alterado o inciso IV do Comunicado DRHU – 41, de 28/12/2010, que trata da remoção dos Professores Educação Básica I e Professores Educação Básica II, no tocante à data limite para digitação, no sistema JATI, das opções de ampliação de jornada e carga suplementar de trabalho docente, que passa a ser 17/01/2011.






Artigo 3º - A atribuição de classes (Ciclo I/EF), aulas (EF/EM) e aulas das classes/salas de recurso e de Educação Especial (SAPE), na Etapa I, a docentes habilitados de que trata o § 1º do artigo 7º e o artigo 8º da Resolução SE - 77, de 18/12/2010, obedecerá ao seguinte cronograma:


I - dia 31/01/2011 - MANHÃ - Fase 1- na Unidade Escolar, aos titulares de cargo, para constituição de jornada;


II – dia 31/01/2011 - TARDE - Fase 2 - Diretoria de Ensino – aos titulares de cargo, não atendidos, parcial ou integralmente,


em nível de Unidade Escolar, para:


a) Constituição de Jornada, na seguinte ordem:


a.1 - aos docentes não atendidos totalmente, na Fase 1;


a.2 - aos adidos e excedentes, em caráter obrigatório.


b) Composição de Jornada, na seguinte ordem:


b.1 - aos parcialmente atendidos na constituição;


b.2 - aos adidos, em caráter obrigatório e nesta ordem


III – dia 1º/02/2011 - MANHÃ - Fase 1 - Unidade Escolar – aos titulares de cargo para:


a) Ampliação de Jornada;


b) Carga Suplementar de Trabalho


IV – dia 1º/02/2011 – TARDE - Fase 2 - Diretoria de Ensino -aos titulares de cargo não atendidos na Unidade Escolar, para


Carga Suplementar de Trabalho Docente.






V – dia 02/02/2011 – MANHÃ - Fase 2 - Diretoria de Ensino - aos titulares de cargo para designações nos termos do artigo 22 da Lei Complementar N.º 444/1985.






Artigo 4º - A atribuição de classes (Ciclo I/EF), de aulas (EF/EM) e de aulas das classes/salas de recurso e de Educação Especial (SAPE), na Etapa I, a docentes e candidatos à contratação habilitados conforme trata o § 1º do artigo 7º e o artigo 8º da Resolução SE 77, de 18/12/2010, será efetuada acordo com o cronograma definido pela respectiva Diretoria de Ensino, conforme sua especificidade, devendo ser amplamente divulgado e obedecendo à seguinte ordem:


I) Fase 1 – Unidade Escolar - de carga horária aos docentes ocupantes de função-atividade, para na seguinte conformidade:


a) declarados estáveis nos termos da Constituição Federal de 1988;


b) celetistas.


c) ocupantes de função-atividade, a que se referem os §2º do artigo 2º da Lei Complementar nº 1010/2007;


II) Fase 2 – Diretoria de Ensino - de carga horária aos docentes ocupantes de função-atividade, na seguinte conformidade:


a) declarados estáveis nos termos da Constituição Federal de 1988;


b) celetistas.


c) ocupantes de função-atividade, a que se referem os § 2º do artigo 2º da Lei Complementar nº 1010/2007;


III) Fase 1 – Unidade Escolar - atribuição da carga horária aos docentes ocupantes de função-atividade, abrangidos pelo parágrafo único do artigo 25 da L.C. nº 1093/2009, com sede de controle de frequência na unidade escolar e que comprovem, efetivo exercício, no ano anterior, por pelo menos 90 (noventa) dias, na função;


IV) Fase 2 – Diretoria de Ensino – para atribuição da carga horária na seguinte conformidade:


a) docentes ocupantes de função-atividade, abrangidos pelo parágrafo único do artigo 25 da L.C. nº 1093/2009, não atendidos na unidade escolar;


b) candidatos à contratação.






Artigo 5º - A atribuição de classes e aulas na Etapa II aos docentes de que tratam os incisos do artigo 7º e o § 1º do artigo 8º da Resolução SE nº 77/2010 (qualificados), se processará na seguinte conformidade:


I – 07/02/2011 – Unidade Escolar – MANHÃ- Fase 1 – aos docentes na unidade escolar na seguinte ordem:


a) Efetivos;


b) Declarados estáveis pela Constituição Federal de 1988;


c) Celetistas;


d) Abrangidos pelos § 2º do artigo 2º da LC. 1010/2007;


e) Abrigados pelo parágrafo único do artigo 25 da LC nº 1093/2009, com aulas atribuídas na respectiva unidade escolar


ou com sede de controle de frequência na unidade escolar e que comprovem, efetivo exercício, no ano anterior, por pelo menos


90 (noventa) dias, na função;


f) Candidatos à docência que constam com aulas atribuídas na respectiva unidade escolar.


II - 07/02/2010 – Diretoria de Ensino – TARDE - Fase 2 – observada a sequência:


a) Os docentes de que trata o inciso anterior, não atendidos totalmente nas unidades escolares, observada a mesma ordem;


b) Candidatos à contratação.






Artigo 6º - A atribuição de classes e aulas de acordo com o cronograma definido conforme os artigos anteriores, envolvendo os docentes não efetivos e os candidatos à contração, abrange apenas aos que alcançaram os índices mínimos fixados em legislação específica para a prova do processo seletivo simplificado.


Parágrafo único – A atribuição de classes ou aulas aos docentes e candidatos que não alcançaram os índices fixados somente poderá ocorrer durante o ano letivo, nas aulas do ensino regular e depois de esgotadas todas as possibilidades de atribuição aos demais docentes e candidatos devidamente inscritos e/ou cadastrados.






Artigo 7º - O candidato à contratação que se declarou portador de deficiência deve apresentar o laudo comprobatório expedido pela autoridade competente até o dia 21/01/2011, devendo a respectiva Diretoria de Ensino proceder à correspondente digitação na mesma data.


§1º - Caso não haja a confirmação da deficiência no prazo estipulado, o candidato concorrerá à atribuição segundo sua classificação na lista geral.


§ 2º - Confirmada a deficiência, a atribuição de classes ou aulas, no processo inicial, far-se-á com observância às faixas de habilitação e de qualificação docentes, por campo de atuação e/ou por disciplina, na seguinte conformidade:


I - a cada 10 (dez) docentes/candidatos, com classe/aulas atribuídas, pela listagem geral de classificação, será acionada a


listagem especial dos portadores de deficiência, para se atribuir classe/aulas ao mais bem classificado;


II - o docente/candidato portador de deficiência, dependendo de pontuação elevada que possua, poderá ser atendido antes


pela listagem geral dos inscritos, do que pela listagem especial;


III - em qualquer caso, o portador de deficiência somente poderá participar da atribuição uma única vez, por campo de


atuação, por disciplina e por faixa de habilitação/qualificação.






Artigo 8º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as disposições em contrário.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Professores da EEProfº" Dirceu J. de Souza" são Nota 10


Palavras do melhor Vice-Diretor  !
As bolas de papel na cabeça
Os inúmeros diários para se corrigir,

As críticas, as noites mal dormidas...

Tudo isso não foi o suficiente

Para te fazer desistir do teu maior sonho:

Tornar possíveis os sonhos do mundo.

Que bom que esta tua vocação

Tem despertado a vocação de muitos.

Parece injusto desejar-te um feliz dia dos professores,

Quando em seu dia-a-dia

Tantas dificuldades acontecem.

A rotina é dura, mas você ainda persiste.

Teu mundo é alegre, pois você

Consegue olhar os olhos de todos os outros

E fazê-los felizes também.

Você é feliz, pois na tua matemática de vida,

Dividir é sempre a melhor solução.

Você é grande e nobre, pois o seu ofício árduo lapida

O teu coração a cada dia,

Dando-te tanto prazer em ensinar.

Homenagens, frases poéticas,

Certamente farão parte do seu dia a dia,

E quero de forma especial, relembrar

A pessoa maravilhosa que você é

E a importância daquilo do seu ofício.

É por isto que você merece esta homenagem

Hoje e sempre, por aquilo que você é

E por aquilo que você faz.

Felicidades !!! 
    







terça-feira, 11 de janeiro de 2011

MEIO AMBIENTE

INTRODUÇÃO



A principal função do trabalho com o tema Meio Ambiente nas aulas de Matemática é contribuir para a formação de cidadãos conscientes, aptos a decidirem e atuarem na realidade socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade, local e global.

Para atingirmos esses objetivos, mais do que trabalhar com informações e conceitos, é preciso que a escola trabalhe também com a formação de valores e atitudes.

Nessa perspectiva, durante as aulas de Matemáticas,trabalhei com o tema “Despertando uma consciência ecológica” que tem como objetivo despertar os alunos para que possam, não apenas agir corretamente no processo de preservação do meio ambiente, como também colaborar com o despertar dessa consciência junto às suas famílias e à comunidade.



domingo, 9 de janeiro de 2011

LIMITES: Essenciais para as crianças

Ações como gritar excessivamente e bater são vetadas por psiquiatras, psicólogos e psicopedagogos. De acordo com Içami Tiba, autor de “Disciplina: Limite na Medida Certa” (Integrare Editora), as crianças aprendem com o que os pais fazem. Se eles batem na criança, “o filho aprende a linguagem da violência”. A psicopedagoga Larissa Fonseca afirma que tanto gritar quanto bater demonstram falta de controle pessoal dos pais, o que é bastante danoso para a criança. “Gritar é mostrar que a criança te afetou – e ela adora isso”, afirma Larissa.

Leila Tardivo, professora do Instituto de Psicologia da USP, explica que as crianças, como todas as pessoas, precisam de atenção. “Se os pais só olham para a criança quando ela faz algo de errado, ela continuará fazendo isso”, fala. Na opinião de Dora Lorch, psicóloga e autora do livro “Superdicas para educar bem seu filho” (Editora Saraiva), educar é passar por certos desconfortos. Ou seja, dar bronca é chato e prometer um chocolate para a criança parar de chorar parece bem mais fácil. Só que os pais precisam estar preparados para se posicionar quando as desobediências acontecem.

Mas como se posicionar corretamente? Consultamos especialistas que resumiram 9 frases que não devem ser ditas para a criança.

1. “Não te amo mais”


“A criança é muito mais frágil que o adulto. Tudo que se fala ganha uma dimensão maior”, comenta Dora Lorch. Portanto, ouvir uma frase destas da boca dos pais pode causar estragos. Larissa Fonseca explica que esta falta de aceitação pode ser muito forte. “A criança não consegue entender a complexidade do mundo, e alguns adultos não têm consciência disso”, diz Larissa.

2. “Você é feio”


Xingamentos e palavras feias podem afetar a formação da autoimagem, explica Leila Tardivo. Repetidos excessivamente, também podem ser considerados violentos. Larissa Fonseca aponta que existe uma diferença sutil, mas essencial entre “você é feio” e “o que você acabou de fazer foi muito feio”, que desloca o adjetivo negativo para a ação e não para a criança.

3. “Vou te matar”


“O que traz a educação é a firmeza, e não a agressividade”, diz Içami Tiba. Ameaças do tipo servem apenas para criar medo nas crianças, o que, segundo o psiquiatra, não leva a lugar algum. “O medo não educa, só traumatiza”, diz Içami. A longo prazo, a intimidação tampouco é efetiva e esvazia o discurso dos pais, já que eles obviamente não vão cumprir o que prometeram. “Primeiro, as crianças sentem um desamor muito grande. Depois, quando descobrem que as ameaças não funcionam, não levam mais os pais a sério”, afirma Dora Lorch.

4. “Nunca mais te trago aqui”


Como a noção temporal das crianças é diferente, as punições precisam ser imediatas.


Este tipo de ameaça também não faz efeito por ser mentirosa. “As crianças sentem que estão sendo enganadas. E isso não faz bem para elas”, diz Larissa. Dora Lorch aponta que ameaças do tipo, assim como “você nunca mais vai ver televisão” ou “nunca mais vou falar com você”, passam uma ideia ambígua para criança, o que prejudica a sua formação moral.

5. “Você puxou o seu pai” ou “Você é igualzinho a sua mãe”


Quando os pais estão separados e há algum conflito entre ambos, não é nada saudável usar este tipo de frase. Segundo Leila Tardivo, as crianças entendem que elas são parecidas com a parte rejeitada – e se sentem dessa forma.

6. “Se ficar bonzinho, dou um chocolate para você”


Comportar-se bem, arrumar o quarto, guardar os brinquedos ou fazer a lição de casa são responsabilidades dos filhos, por isso eles não precisam ganhar nada em troca quando fazem isso. Quando os pais fazem estes acordos de maneira repetida, os filhos podem achar que não se tratam de deveres. “A criança precisa aprender a fazer as coisas por responsabilidade, e não porque vai ganhar algo”, diz Larissa.

7. “Para com isso, todo mundo está olhando!”


Esta frase é mais fruto do embaraço dos pais que um tipo de bronca para os filhos. Segundo Içami Tiba, ela também passa a mensagem da “campanha da boa imagem”, quando a criança só tem que parecer educada para os outros. “O que os pais estão falando é um problema deles. As crianças não ligam para o que os outros estão vendo”, explica.

8. “Fica quieto!”


No geral, as crianças tendem a atender ordens mais específicas. Quando escutam frases como esta, elas se confundem. “Ela não sabe se é para parar de falar, de pular ou de fazer o que está fazendo”, diz Dora Lorch. Os pais devem apontar exatamente o que eles gostariam que a criança fizesse.

9. “Limpe já seu quarto, senão você vai ficar de castigo”


“Quando um adulto coloca um ‘senão’ do lado de suas ordens, isso quer dizer que ele não acredita muito nelas”, diz Dora Lorch. Isso demonstra que os próprios pais já estão negociando, o que faz com que as crianças não respeitem as ordens dadas. Os “senões” só podem aparecer quando a criança questionar muito. “Firmeza é dizer que não pode, e não poder mesmo”, resume Içami

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Integração



Os professores do período da manhã da  EE.Profº Dirceu Junqueira de Souza , no dia 12 de Outubro  dedicado as crianças, aproveitaram para fazer uma integração através de várias atividades esportivas e culturais, nas quais desenvolveram os conceitos de amizade,respeito,caráter,bondade,alegria e amor.A experiência foi enriquecedora para todos!



Funcionários de apoio também entraram no clima , e deram um show !




quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Matéria Publicada na Revista Gestão Universitária, Edição 253




Pedagogia do encantamento



Joana D'arc Mariano Taveira



Encantar-se para aprender. Esta é condição essencial para uma aprendizagem efetiva. Para que este encantamento exista é necessário existir a MOTIVAÇÃO. Nas antigas Escolas Normais ou habilitação para o magistério em nível de segundo grau ,as normalistas ou futuros professores eram muito bem preparados para lecionar de primeira a quarta série. Não direi o mesmo dos cursos superiores que vieram substituir o Ensino Normal. Conscientemente faço esta crítica ,porque lecionei em ambos. Nos cursos Normais havia a didática de português, onde aprendia como dar uma aula de leitura,de redação, de ditado, de escrita, as técnicas e a motivação ideais para cada aula. E da mesma forma acontecia com a didática de matemática, de história, de geografia, de ciências, etc... Os programas de primeira a quarta série eram estudados em profundidade. Fui aluna de ISA TÔRRES em didática e de IONE TÔRRES em psicologia a quem devo muito do melhor de mim. Mais tarde, ELZA MENDES brilhou lecionando didática e continuando a preparar de fato professores para atuar de primeira a quarta série.



Muitas prefeituras estão colocando nos editais de concurso para professores de primeira a quarta série a exigência do curso de magistério, por reconhecer que esse professor está de fato apto a alfabetizar, possuem a segurança que o conhecimento trás, além de uma base humanística. As faculdades possuem liberdade para elaborar suas ementas e por isso o conteúdo programático diverge de uma para outra faculdade. Os cursos são teóricos não são focados nas práticas pedagógicas que é o mais importante num curso de magistério. Alfabetizar não é nada fácil. Imagine fazê-lo sem competência, é um verdadeiro desastre. O ensino de primeira a quarta série é a base de tudo. Não podemos negligenciar... Foi constatado que muitos advogados não conseguem a aprovação nos exames da OAB por causa da defasagem em português; por não saber redigir, falar, etc.



A formação do professor primário, vem sendo cada dia mais deficiente. Foi um grande equívoco acabar com o curso normal. O curso superior seria bem vindo, como um aprofundamento, mas, sem eliminar a base que eram os cursos de habilitação ao magistério ou curso normal. Outro aspecto que merece reflexão é o conteúdo programático, de primeira a quarta série, o programa deveria contemplar duas disciplinas: PORTUGUES E MATEMÁTICA, outros conteúdos viriam de forma transversal. Não está havendo a devida preocupação com a qualidade da educação. O problema é que os discursos políticos são sempre a favor da educação, mas as práticas não são sempre coerentes com os discursos.



A escola pública foi de qualidade até os anos 50, 60, 70 .Tinha ditado todo dia, tinha de fazer redação todo dia, tinha de ler todo dia. Professor ganhava bem, era gente de classe média que tinha acesso a livros estudos, viagens. Hoje, existem professores sem acesso a um computador que é uma ferramenta básica na atualidade. Em termos políticos de valorização e remuneração do professor ainda há muito o que fazer. Em termos da adoção da PEDAGOGIA DO ENCANTAMENTO nós educadores podemos colocá-la em prática, através da motivação, do lúdico, da repetição, da fixação, de métodos e técnicas apropriadas, e do estar encantados e apaixonados pela alegria de aprender e pela competência de ensinar.
Matéria publicada no jornal Folha de São Paulo, 5 de janeiro de 2011.




Para educadores, mudar a progressão não basta



Divisão de ciclos deve ser acompanhada de outras mudanças, defendem especialistas



DE SÃO PAULO



A mudança na progressão continuada no ensino do Estado de São Paulo foi elogiada por educadores ouvidos pela reportagem. Mas eles ressaltam que ela precisa ser aliada a outras alterações.



Ontem, a Folha divulgou que os ciclos do ensino fundamental devem passar para três, elevando o número de séries em que o aluno é avaliado de forma mais completa e pode ser reprovado.



Hoje, isso acontece ao final do quinto e do nono ano. Com a mudança, poderá ocorrer também no terceiro ano, ao final do ciclo de alfabetização dos alunos.



"A medida é interessante, mas inócua se não acompanhada de outras mudanças fundamentais, como uma melhor organização dos ciclos e um professor tutor, que acompanhe de perto o aluno", afirma o professor da Faculdade de Educação da USP Nilson José Machado.



Para Rose Neubauer, professora aposentada da mesma faculdade e ex-secretaria de educação de SP, a medida precisa ser acompanhada de uma recuperação sistêmica.



"Tem que recuperar o aluno passo a passo, não ao final de cada ciclo. Deixar para corrigir tudo só no final não vai adiantar."



REPETÊNCIA

Maria Helena Guimarães, ex-secretária de educação estadual SP, diz que a mudança para os três ciclos foi considerada a mais adequada. Ela participou de um grupo de estudos que avaliou no ano passado uma série de possíveis mudanças no regime de progressão continuada, a pedido do então secretário, Paulo Renato Souza.



Segundo ela, a proposta não é aumentar a reprovação, pois apenas "casos extremos" poderão ser retidos, ao contrário do que acontece ao final dos outros ciclos.



"As crianças com mais dificuldade seriam encaminhadas para salas de recuperação", afirma.



A Secretaria Estadual de Educação também afirmou que introduzirá uma prova unificada para avaliar os alunos da rede.
Matéria publicada no jornal o Estado de São Paulo, 6 de janeiro de 2011




Alunos da rede estadual farão exames semestrais

Novo secretário da Educação anuncia reestruturação do ensino fundamental e defende o diálogo com os docentes

O novo secretário da Educação de São Paulo, Herman Voorwald, anunciou ontem, ao tomar posse, a intenção de aplicar avaliações semestrais padronizadas para os alunos da rede. As provas fazem parte de um projeto de reestruturação do ensino fundamental, a entrar em vigor em 2012.



Segundo Voorwald, o resultado dessas provas estará ligado não às reprovações, mas a um sistema de recuperação. "A reorganização do ensino fundamental passa por uma avaliação semestral de aprendizado do conteúdo e uma ação de recuperação imediata", explicou. Atualmente, os alunos da rede fazem uma prova anual do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar (Saresp), mas os resultados servem para traçar um retrato da qualidade da rede e não o desempenho individual dos estudantes.



O esquema de recuperação e uma nova duração para os ciclos da progressão continuada ainda precisam ser definidos. O secretário afirmou, porém, que está "abolindo" o termo "progressão continuada" por causa da má impressão que a sociedade tem dela. "A interpretação que se fixou é de que ela (a progressão continuada) é a responsável por não se ter uma educação de qualidade. Mas ela, por si só, não é a responsável, e a reprovação não é a solução."



Desde 1998, a rede estadual adota a progressão continuada, segundo a qual os alunos são promovidos de uma série para outra independentemente das notas. Eles podem ficar retidos somente duas vezes: ao término do 5.º ano e do 9.º ano. Apenas o excesso de faltas leva à reprovação em outros anos.



O secretário também garantiu que todas as possíveis alterações passarão por uma consulta à comunidade escolar. "Não abro mão de que quem está na ponta, que são os professores, manifestem-se. A postura desta gestão é de discutir com a rede", afirmou.



A secretaria deve induzir a participação dos professores por meio de um texto a ser encaminhado a todas as escolas. As propostas dos docentes serão levantadas e organizadas pelas diretorias de ensino. "Participarei de reuniões em cada uma das 91 diretorias de ensino do Estado", disse o secretário.



Aumento. Com a promessa de uma gestão baseada no diálogo, Voorwald convidou os sindicatos da rede para uma série de reuniões, hoje. Mas negou que um possível aumento salarial esteja na pauta dos encontros.



Mas o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou ontem, em declarações à imprensa durante a missa em memória do ex-governador Orestes Quércia (PMDB), que fará um esforço para que os professores tenham aumento real de salários ao longo do mandato, mesmo reconhecendo que ainda não há verba destinada para tal fim.

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